Do Arquiteto. Na concepção do projeto do balanço, o escritório PAX.ARQ partiu inicialmente do fundamento de gerar uma superfície com pequenos elementos sólidos unidos mecanicamente, explorando novas formas de utilização de materiais rígidos que ao serem fixados possam adquirir uma função pela qual não tinham sido idealizados inicialmente.
De acordo com essa noção técnica, foi sugerida uma forma visualmente e ergonomicamente confortável, que abraçasse o usuário, mas que também não impedisse de visualizar o entorno dos lugares onde é instalada. A partir dessas premissas se concebeu um balanço transparente em forma de gota, para que a interação do usuário com a peça se desse de forma lúdica e singular.
Cada parte dessa estrutura é única e tem sua posição particular, compondo uma teia de elementos que conjuntamente conformam o desenho do balanço, condescendendo um assento suspenso e ergonomicamente idealizado para deleitar-se e ter uma experiência sensorial.
O conjunto remete com a sua forma a um cocar indígena, feito a partir de elementos comercialmente comuns e que procura estabelecer uma relação com o entorno do lugar que ocupa. A transparência permite que a paisagem e o artefato interatuem e se confundam, proporcionando uma distorção e interferência no cenário, tanto para quem está dentro como para quem observa a peça externamente.
Design: PAX.ARQ
Local: Museu da Casa Brasileira, São Paulo
Organização: Boomsp
Patrocinadores: Vialight, SinteGlas
Fabricação: zeromaquina
Ano: 2014